Filme Três Histórias, Um Destino, baseado em livro de R. R. Soares estreia com alta média de público; Produções cristãs de cinema estão em alta
O filme Três Histórias, Um Destino, baseado no livro do missionário R. R. Soares estreou no último fim de semana e superou a média de espectadores do filme 007 Skyfall, uma superprodução de Hollywood, que havia estreado uma semana antes.
Filmado nos Estados Unidos e com atores norte-americanos, o filme foi lançado primeiro no Brasil – será lançado nos demais países apenas em 2013 – e alcançou um total de 50.180 mil ingressos vendidos nas 52 salas que exibiram o filme em sua estreia, somando uma média de 965 espectadores. 007 Skyfall atingiu média de 936 espectadores no último fim de semana, segundo informações do jornalista Lauro Jardim, da revista Veja.
-Optamos por lançá-lo primeiro aqui porque é uma produção baseada em um autor brasileiro. Acho que chegou o momento de entrarmos nessa seara. Na semana passada, aconteceu a primeira mostra de filmes cristãos no Rio. A igreja Bola de Neve, que é bem jovem, está criando um festival de curtas em São Paulo. O “Três histórias” é um bom pontapé para motivar quem quer fazer cinema nessa linha. A página dele no Facebook já foi curtida por mais de 40 mil – explica Ygor Siqueira, diretor da Graça Filmes, numa entrevista ao site do jornal O Globo.
Três Histórias, um Destino é uma co-produção da Graça Filmes com a norte-americana Uptone Pictures, e foi dirigido por Robert C. Treveiler, que também atuou no filme. Treveiler é conhecido no público norte-americano por ter atuado em séries como One Tree Hill (Lances da Vida), Dawson’s Creek e Drop Dead Diva.
A história do filme fala sobre um pastor em busca de poder, um menino da periferia que se envolve com o crime e uma jovem que se afasta de Deus.
O crescimento do público evangélico e do interesse desse público pelo segmento do audiovisual é visto pelas produtoras como uma oportunidade de negócio. Hollywood tem investido milhões de dólares na produção de filmes com temática bíblica.
Porém, as particularidades desse meio precisam ser levadas em consideração: “É um gênero muito difícil, porque há de se ter cuidado para não denegrir a família, a Bíblia, mesmo que esta não seja citada diretamente. Já recebi ofertas de produtoras de filmes seculares que querem alcançar esse nicho, que não tinham nada a ver com a palavra cristã. O evangélico iria reprová-los”, revela Siqueira.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+