“Todos os cristãos são obrigados a usar o Facebook para a glória de Deus”, afirma blogueiro. Leia na íntegra
O Facebook, maior rede social do mundo, está presente na cultura brasileira atualmente e constantemente é mencionado como meio de comunicação usado por líderes ou personagens do mundo cristão para se expressarem, ou até, evangelizar.
Enquanto rede social, o Facebook pode ser usado com diversos fins. Recentemente, uma denominação lançou um game para incentivar jovens à leitura da Bíblia, por exemplo.
Um blogueiro, identificado como Filipe Machado, publicou um artigo afirmando que “todos os cristãos são obrigados a usar o Facebook para a glória de Deus”, e justificou seu argumento mencionando uma passagem bíblica: “De minha parte não há receio algum quanto ao ser possivelmente taxado de ‘legalista’ ou ‘moralista’, pois tenho a Escritura ao meu lado: ‘Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus’ (1Co 10.31)”, contextualiza.
Segundo Machado, as orientações bíblicas são objetivas em relação às práticas cristãs: “Paulo não poderia ser mais claro: os cristãos devem fazer tudo, absolutamente tudo, para a glória de Deus. Isso implica em dizer que se fizermos qualquer coisa sem visar a Sua glória, estamos em pecado”, determina o blogueiro, que aprofunda o significado de sua declaração: “Significa buscar fazer tudo e somente o que a Bíblia ordena que façamos. É impossível viver para a glória de Deus se tentarmos colocar nossas vontades e desejos acima da Escritura”.
Nesse contexto, Filipe Machado afirma que ao utilizar a rede social, o crente deve levar em consideração que determinados assuntos são impróprios e devem ser ignorados.
-Desta forma, se patenteia que o cristão não deve, por exemplo, “postar”, “curtir” ou “compartilhar” qualquer coisa que contenha alguma coisa contra o senhorio de Cristo. Em caso prático, significa não fazer apologia a políticos que sejam contra a Palavra de Deus; não “curtir” fotos ou qualquer fato que incentive a carne ao pecado, como fotos sensuais ou de pessoas com pouca roupa (as vestes de praia se encaixam neste ponto), libertinagem, vandalismo; igualmente não se deve promover a luxúria com “compartilhamentos” que tendem a fazer o homem e a mulher amarem mais a este mundo que ao Senhor – delimita Machado.
O blogueiro ainda orienta a não se deixar levar por determinados assuntos nas conversas pela rede social: “Em grupos do Facebook, importa que não hajam discussões sobre pontos pacíficos sobre a sã doutrina, pois fazer o contrário, é contender inutilmente”, afirma, antes de orientar: “Tenha somente conversações santas, pois isto é agradável a Deus”.
Confira abaixo, a íntegra do artigo “Usando o Facebook Para a Glória de Deus”, de Filipe Machado:
Ao iniciar este pequeno escrito, desde já preciso estabelecer o seguinte fato: todos os cristãos são obrigados a usar o Facebook para a glória de Deus. De minha parte não há receio algum quanto ao ser possivelmente taxado de “legalista” ou “moralista”, pois tenho a Escritura ao meu lado: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1Co 10.31).
Paulo não poderia ser mais claro: os cristãos devem fazer tudo, absolutamente tudo, para a glória de Deus. Isso implica em dizer que se fizermos qualquer coisa sem visar a Sua glória, estamos em pecado – “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17). Todavia, precisamos estabelecer alguns pontos sobre o que significa fazer tudo “tudo para glória de Deus”.
Em primeiro lugar, fazer tudo para a glória de Deus, é ter em mente que Ele é quem deve ser engrandecido e visto por todos, não nós. João o Batista nos traz cristalina evidencia deste nosso dever: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).
Em segundo lugar, significa buscar fazer tudo e somente o que a Bíblia ordena que façamos. É impossível viver para a glória de Deus se tentarmos colocar nossas vontades e desejos acima da Escritura. Por meio de Moisés, o Senhor foi enfático ao afirmar: “Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás” (Dt 12.32).
Em terceiro lugar, se temos de fazer somente o que a Escritura ordena, então precisamos nos dedicar ao estudo da Lei de Deus. Paulo afirma categoricamente que a Lei de Deus é boa e necessária: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás” (Rm 7.7).
Em quarto lugar, é preciso ter o correto entendimento de que é um exercício muitas vezes doloroso, porque envolve a renúncia da carne e o matar do pecado. O apóstolo foi direto em dizer que todas as vezes, isto é, sempre, devemos trazer a morte de Cristo em nossas vidas, a fim de que morramos e Ele viva: “Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos” (2Co 4.10); “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).
Desta forma, se patenteia que o cristão não deve, por exemplo, “postar”, “curtir” ou “compartilhar” qualquer coisa que contenha alguma coisa contra o senhorio de Cristo. Em caso prático, significa não fazer apologia a políticos que sejam contra a Palavra de Deus; não “curtir” fotos ou qualquer fato que incentive a carne ao pecado, como fotos sensuais ou de pessoas com pouca roupa (as vestes de praia se encaixam neste ponto), libertinagem, vandalismo; igualmente não se deve promover a luxúria com “compartilhamentos” que tendem a fazer o homem e a mulher amarem mais a este mundo que ao Senhor. Você, talvez, esteja se perguntando: “Mas qual a base bíblica para afirmar tal coisa?” “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). Políticos contrários ao Senhor não são verdadeiros nem honestos; fotos com pessoas que mostram excessivamente seus corpos não são puras; vandalismo não é algo de boa fama; pode haver alguma virtude na luxúria?
Em grupos do Facebook, importa que não hajam discussões sobre pontos pacíficos sobre a sã doutrina, pois fazer o contrário, é contender inutilmente: “Como o soltar das águas é o início da contenda, assim, antes que sejas envolvido afasta-te da questão” (Pv 17.14). Sob hipótese alguma o crente deve xingar ou maldizer alguém. O cristão não deve ignorar as pessoas ou “detestar” outros irmãos em Cristo, pois isto é ferir o sexto mandamento “não matarás”: “Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3.15).
Também é preciso notar que o cristão não deve usar as mídias sociais para ficar bisbilhotando a vida alheia – quem faz isso se assemelha àquela atitude de Satanás: “Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela” (Jó 1.7). Além disso, suscita a inveja, orgulho, maldizeres e cobiça sobre o próximo, violando o décimo mandamento: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx 20.17).
O cristão também precisa cuidar para não passar tempo demais nas redes sociais, pois a Bíblia diz para aprendermos a aproveitar o tempo com coisas puras e necessárias: “Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.16-17). Lembre-se que na parábola dos trabalhadores da vinha, nosso Senhor Jesus Cristo assemelha o homem comum e envolto em pecado, àquele ocioso e que nada produz: “E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça” (Mt 20.3).
Use esta preciosa tecnologia para a todo o tempo falar do Senhor: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2). Note que Paulo não diz que existem tempos que não são oportunos, afinal, toda ocasião é propícia para falar e testemunhar da verdade divina. Não se esqueça de que além de estudar arduamente a sã doutrina, você precisará estar apto para defendê-la pelo poder do Senhor: “Santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
Tenha somente conversações santas, pois isto é agradável a Deus: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Ef 4.29). Observe que a Bíblia é explicitamente incisiva: “mas só a que for boa para promover a edificação”. Com qual intuito? “para que dê graça aos que a ouvem”.
Portanto, se buscarmos pelo poder vivificador do Espírito Santo, praticar estas coisas, começaremos a entender o que é viver sob “a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2) e o mundo testificará de nosso amor por Cristo, ao ponto de dizer: “Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Para onde se retirou o teu amado, para que o busquemos contigo?” (Ct 6.1).
Que Deus nos abençoe.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+